Fortaleza atrai olhares e é destino para muitas pessoas, inclusive para migrantes e refugiados que vêm em busca de um recomeço na capital cearense. De acordo com a Polícia Federal, de 2011 a 2018, mais de três mil migrantes internacionais com visto de estudantes chegaram à cidade. Entretanto, essas pessoas nem sempre encontram, de forma simples, apoio para conseguir estabilidade e, por isso, são expostas a situações de vulnerabilidade. Para ajudá-las nesse processo de acolhida e de defesa dos seus direitos, existe a Rede de Apoio na Defesa e Inclusão de Migrantes e Refugiados.

Rede de Apoio na Defesa e Inclusão de Migrantes e Refugiados

O atendimento a essas pessoas é realizado, principalmente, pelo Serviço de Pastoral do Migrante (SPM) e conta com a colaboração de parcerias ligadas à rede de atuação em defesa e inclusão dos migrantes e refugiados nos cenários sociais.

O SPM é uma pastoral social que integra a Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz e a Pastoral da Mobilidade Humana da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A inspiração da instituição vem da Campanha da Fraternidade de 1980, voltada para os migrantes com o Lema era “Para onde vais”. Na Arquidiocese de Fortaleza, o Serviço Pastoral do Migrante iniciou suas atividades em 1995, com as Irmãs Missionárias Scalabrinianas, a convite de Dom Aloísio Lorscheider.

De acordo com Frei Elias, que está à frente da Instituição Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil, na Paróquia do Otávio Bomfim, as ações mais frequentes são as de intermediação de atendimentos psicológicos, odontológicos ede outras áreas da saúde. Além disso, há outras atividades, como a coordenação e manutenção de famílias abrigadas; confecção de currículos; atendimentos de empresas e agentes de RH; entrevistas e pré-seleções, entre outras.

“A pastoral do migrante acolheu nos últimos 10 meses muitos migrantes vindos da Venezuela. Trata-se de famílias com crianças, mães grávidas, que chegaram sem nenhuma referência e sem recursos financeiros”, explica Frei Elias que pontua, ainda, que o maior desafio é o atendimento, pois não há funcionários que possam trabalhar de forma integral na associação.

Para lidar com toda essa demanda, Frei Elias frisa a importância de voluntários e doações. “Estamos lutando principalmente pelas famílias que não têm perspectivas e que precisam de apoio para se restabelecer. Estas pessoas só precisam de uma oportunidade para mostrar seus potenciais de amor e fraternidade.”

TRE Solidário

Frei Elias garante que as doações adquiridas pela ação do TRE Solidário já estão chegando às famílias que necessitam de ajuda. “Quero agradecer aos servidores e juízes do TRE-CE. Essa ação é um sinal de esperança e da presença de Deus na vida dessas pessoas. É por meio desse gesto que nós conseguimos fazer as famílias se sentirem acolhidas.”

Para conferir o vídeo de agradecimento, acesse o Canal do TRE-CE.

Doações

Para doar, basta entrar em contato com Frei Elias por meio do número (85) 98412-5260.

Texto e arte: Joyce Oliveira (ASCOM)

#PraTodosVerem: imagem na horizontal. Na foto, Frei Elias aparece sentado, com vestimenta franciscana, na cor marrom, e com máscara, na cor vermelha. Atrás do Frei, cestas básicas doadas por servidores, magistrados e promotores. No canto superior direito, a logo do TRE-CE, e, no canto inferior direito, a descrição "TRE Solidário", na cor azul-escuro, em letra cursiva. O texto está dentro de um retângulo que mescla as cores branco e lilás.