O III Encontro Presencial da capacitação "Eleitor do Futuro nas Escolas – Uma Formação em Educação Política", dentro das atividades do Programa Eleitor do Futuro, desenvolvido pela Escola Judiciária Eleitoral, reuniu nesta quinta-feira, 17/11, professores e estudantes de 30 escolas públicas estaduais de Fortaleza (2 professores e 2 alunos por escola).

O evento, que aconteceu no Centro de Treinamento Prof. Antônio de Albuquerque Sousa Filho da SEDUC, é uma promoção do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Secretaria da Educação do Estado (SEDUC), com o apoio da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas de Juventude do Governo do Estado.

Boas práticas

Inicialmente, foram formados três grupos de discussão, divididos de acordo com os estágios de implementação do programa nas escolas. Técnicos do TRE-CE, SEDUC e UNICEF orientaram os professores e alunos acerca das atividades a serem implementadas nas escolas (criação do Núcleo de Cidadania dos Adolescentes e realização de Oficinas e Campanha).

O processamento de grupo também é um momento de apresentação das vivências e compartilhamento de experiências. Atividades como as desenvolvidas no Liceu de Messejana, que já realizou três reuniões com os componentes do grêmio estudantil, a fim de montar oficinas sobre direitos humanos e política. O professor de Sociologia, Pascoal Júnior, revela que "a partir das oficinas anteriores do Eleitor do Futuro pôde-se estruturar maneiras de discutir questões de gênero, raciais e sociais dentro da escola".

Outro bom exemplo é a Escola Irapuã Cavalcante Pinheiro, no Conjunto Esperança, que incentiva debates sobre política e cidadania. A aluna do 9º ano, Mariana Apolinário, se sente bastante integrada ao programa Eleitor do Futuro: "O conteúdo visto na capacitação, e levado para a escola pelos professores, mexeu com muitos colegas; eles passaram a discutir mais e debater alternativas para mudar a realidade".

Seguindo a programação, Roseno Freitas de Amorim, doutor em Sociologia pela UFC e professor da UNIFOR, realizou uma exposição dialogada com o tema "Competência para a vida – Defender a ética, o respeito às coisas públicas e participar dos mecanismos de controle social".

Atividades continuadas

A formação apresenta uma carga horária de 80 horas, sendo 26 horas de encontros presenciais e 54 horas de atividades nas escolas, e buscará proporcionar o desenvolvimento das competências para a vida, entendidas como o conjunto de aprendizagens sociais e comunicacionais que ajudam os adolescentes a saber agir em determinadas situações de formar responsável consigo mesmo e com os outros, conforme definição do UNICEF.