Nessa quinta-feira, 22/9, a ouvidora da Mulher do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), juíza Kamile Castro, reuniu-se, em seu gabinete, com gestoras de órgãos públicos no Ceará que tratam da proteção de mulheres. O objetivo do encontro foi discutir questões de gênero a fim de promover integração entre os órgãos.

Participaram do encontro a diretora do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS), Arlete Gonçalves Silveira; a diretora-adjunta da DPGV, Ana Paula Barroso; a delegada Patrícia Sena; a coordenadora da Escola Judiciária Eleitoral e membro da Comissão de Participação Feminina do TRE-CE, Roberta Laena e a assessora de Segurança e Logística do Tribunal, tenente-coronel Fátima de Paula.  A reunião também contou com a presença do assessor-chefe da Ouvidoria, Waldemir Higino, das servidoras da ouvidoria: Aureni Lopes e Fernanda Bento, e demais membros da equipe da Ouvidoria.

Durante a reunião, foi feita a sensibilização da equipe sobre a temática, bem como foram realizadas trocas de experiências e boas práticas. Também foi discutido planejamento de capacitação interna, ficando acordado que serão realizados eventos de treinamentos multilaterais, campanhas e palestras. As delegadas destacaram a importância de conhecer mais sobre violência de gênero na política, em razão da existência de várias denúncias dessa natureza. E ressaltaram expertise da juíza Kamile Castro e da coordenadora Roberta Laena sobre o tema.

A respeito do evento, a juíza Kamile Castro afirmou que o encontro "é de suma importância, e inaugura até uma nova metodologia de análise dos problemas com que nos deparamos. Visões diferentes, de vieses diferentes, vindos de experiências diferentes só pode contribuir para uma resolução mais eficaz das questões. Quero dizer, constituímos um grupo e isso é valioso". A magistrada concluiu: "Nosso objetivo é a resolução das questões que a todos preocupam e avançar com medidas que permitam essa resolução. Todos os problemas (sociais, econômicos, políticos, etc.) exigem respostas multinível, porque eles desdobram-se em causas e efeitos que atingem, exatamente, diversos níveis da realidade".

A coordenadora Roberta Laena afirmou: "a parceria entre instituições mostra-se um acertado caminho. Precisamos trabalhar em rede, conhecer as ações realizadas pelos distintos órgãos e unir forças em prol da defesa de direitos humanos e, especialmente, da luta pela vida das mulheres. Também foi muito significativo ouvir da Delegada da Mulher que precisamos nos ajudar mutuamente para a capacitação em violência política de gênero."

A tenente-coronel Fátima de Paula destacou a importância do "incentivo às denúncias para que o ciclo da violência seja rompido e diminuam os índices de feminicídios. Espero que iniciativas como essa estejam cada vez mais presentes no seio de nossa sociedade tornando-a mais justa e igualitária".