TRE-CE realiza primeiro Encontro Consciência Negra na Justiça Eleitoral do Ceará

Programação contou com apresentações artísticas e debates sobre o tema

Na foto, à frente de uma bancada de madeira e de um painel bege em 3D, oito pessoas posam para a...

Uma programação diversificada marcou, na manhã desta sexta-feira (29), o I Encontro Consciência Negra na Justiça Eleitoral do Ceará. O evento foi inaugurado com apresentações do Coletivo Capoeira Convida e do poeta Tião Simpatia, com a leitura de seu cordel “Consciência Negra”.

A mesa de abertura do evento foi composta pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), desembargador Raimundo Nonato Silva Santos; o juiz Alisson do Valle Simeão, representando a Corregedoria Regional Eleitoral; o juiz Juraci de Souza Santos Júnior, presidente da Comissão de Igualdade Racial do TRE Ceará; a juíza Lena Lustosa de Carvalho Sousa, também integrante da Comissão; a advogada Martír Silva, secretária executiva da Secretaria de Igualdade Racial do Governo do Estado (SEIR); e a secretária da Presidência do Tribunal, Denise Pontes.

No registro, pessoas com calças brancas e blusas pretas fazem movimentos da capoeira, enquanto o...

Em sua fala, o desembargador Raimundo Nonato destacou a importância do evento, salientando que o mês de novembro “nos convidou a refletir sobre a importância do letramento racial, reforçando nosso papel na luta contra a discriminação”. Destacou as importantes iniciativas do TRE cearense no âmbito do enfrentamento à discriminação, concretizadas neste ano, como a criação da Comissão da Igualdade Racial e a implantação da Política de Equidade Racial. Reafirmou o papel da Justiça Eleitoral cearense na promoção da equidade racial, a recente parceria firmada com a SEIR e, ao final, agradeceu as presenças de todos os participantes.

Logo depois, a representante da Secretaria, Martír Silva, iniciou sua fala frisando que “se quisermos ser um país com ideal forte e real de progresso, precisamos desenvolver políticas de igualdade racial”. Destacou ainda a criação do feriado nacional do Dia da Consciência Negra, pela primeira vez celebrado este ano, por sua vinculação histórica, pelo reconhecimento e celebração do valor do povo negro no contexto da sociedade brasileira. Concluiu afirmando que a SEIR encontrou, na Justiça Eleitoral do Ceará, uma forte aliança e compromisso, afinando passos e desenvolvendo parcerias fundamentais para esse enfrentamento.

Em seguida, realizou-se o debate intitulado Diversidade como meio de antirracismo, com a participação do juiz Juraci de Souza Santos Júnior, da juíza Lena Lustosa e da psicóloga Isadora Sant’Ana de Oliveira, integrante dos Grupos de Pesquisa do TRE-CE, na Linha Inclusão e Diversidade.

No registro, três palestrantes estão sentados atrás de uma bancada de madeira. Ao lado deles, há...

Lena Lustosa falou sobre a insuficiência de pessoas negras ocupando espaços de poder. “E, se é difícil encontrar um homem negro nessas posições, mais difícil ainda é uma mulher”, observou. A magistrada destacou que, numa verdadeira democracia brasileira, é necessário existir representatividade racial. Citou também a importância do recém-criado Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Raça, no âmbito do Poder Judiciário, visando a formação de juízes e servidores para lidarem com situações que envolvam questões de natureza racial. “Nada é mais forte do que uma ideia quando é chegado seu tempo”, concluiu, ressaltando que cabe a cada um de nós, no contexto da sociedade, o combate ao racismo.

Logo depois, o juiz Juraci complementou que, apesar do atraso histórico, o Judiciário tem avançado no enfrentamento do problema. Disse que o sistema deve dirigir suas ações sob a ótica de que a sociedade é estruturalmente racista. “Embora ainda incipiente, o papel do Judiciário é importante”, terminou, destacando a preocupação do TRE cearense, com a criação da Política de Equidade Racial e outras iniciativas. “Estamos dando passos para a frente”, finalizou.

Finalizando a mesa, Isadora Sant’Ana abordou conceitos relacionados ao tema, como afrofuturismo, epistemicídio, pacto da branquitude e outros. Fez ainda uma explanação sobre a decolonialidade como um caminho de resistência, que confronta o pensamento europeu de dominação e opressão.

Na foto, o grupo Maracatu posa, com roupas e adereços que representam o movimento, como saias ch...

Após o debate, o evento foi concluído com uma apresentação do Maracatu Vozes da África. O I Encontro Consciência Negra na Justiça Eleitoral do Ceará foi agraciado também com a exposição "Cores do Cariri", do artista plástico e socioeducador Wanderson Petrova. A coleção foi doada para o acervo do Centro de Memória do TRE-CE.

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Registros fotográficos feitos durante o evento. No primeiro, à frente de uma bancada de madeira e de um painel bege em 3D, oito pessoas posam para a foto, sendo quatro mulheres e quatro homens, entre autoridades e palestrantes do encontro. No segundo registro, pessoas com calças brancas e blusas pretas fazem movimentos da capoeira, enquanto outras manuseiam instrumentos de som. Atrás deles, há quadros expostos. No terceiro registro, três palestrantes estão sentados atrás de uma bancada de madeira. Ao lado deles, há um quadro de uma mão fechada, com detalhes em degradê amarelo, laranja e vermelho. Na última foto, o grupo Maracatu posa, com roupas e adereços que representam o movimento, como saias cheias, coroas e instrumentos de percussão.

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